terça-feira, 31 de julho de 2012

IMPRESSIONISMO

             O impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura europeia do século XIX. O nome desse movimento deriva de um dos primeiros quadros de Oscar Claude Monet, impressão, "Nascer do sol", em 1872.
            Durante esse movimento, os autores, ou seja, os pintores, parem de se preocupar com os preceitos do realismo e da academia. E, por isso, eles deixam as oficinas para pintar ao ar livre, com o objetivo de capturar melhor a variedade luminosa que oferece a atmosfera ou a natureza.
           Eles usam a cor branca nos quadros para ressaltar a luz da natureza. E, no mesmo sentido, a mistura de cores para de ser técnica para se tornar óptica, pois o observador, ao admirar os quadros, combina as cores e obtem o resultado final. Os quadros, nesse movimento impressionista, têm muito mais sentido quando são vistos de longe, pois ao se aproximar desses quadros, se descobre que é uma mistura pincelada de cores na tela.
          Durante o impressionismo, os autores preferem desenhar uma natureza morta do que representar um objeto em si.
          O impressionismo chega ao Brasil graças ao pintor "Ítalo-brasileiro" Eliseu Visconti. Ele o trouxe da França, ainda quente e vivo das discussões e o transformou perante às cores e à atmosfera luminosas brasileiras.
         Durante esse movimento, os autores desenhavam o que sentiam pela natureza que observavam e, representavam essa natureza do jeito que achavam certo.

          Alguns autores desse movimento impressionista e suas obras

1)


                                                           Oscar Claude Monet (Francês)

               Para Monet, tudo na tela era importante e, por isso, ele não centralizava as pessoas na tela. Pelo contrário, ele desenhava as pessoas ressaltando o ambiente em que estão.


 Algumas obras de Monet

Natureza morta com melão

Mulher branca no jardim

Mulheres no jardim

Ponte nova

"Bain à la grenouillère"

Impressão, nascer do sol


2)



Pierre-Auguste Renoir (francês)

                        Renoir detalhava muito bem a imagem na tela e, ressaltava a impressão dos rostos, a impressão de que a tela era verticalizada, pois não tinha base. Ele separava a multidão do indivíduo.

Algumas de suas obras


O camarote

Mulher com sombrinha

"Le déjeuner des Canotiers"

Mulher amamentando

Ao piano





3)

Eliseu Visconti (ítalo-brasileiro)


Algumas de suas obras



Figura feminina

Moça no trigal


     Bibliografias:
- Anotações em sala de aula & outros




segunda-feira, 23 de julho de 2012

NEOCLASSICISMO

            A arte neoclássica é baseada na crítica, que logo se torna condenação, da arte imediatamente anterior, o Barroco e o Rococó. O neoclassicismo é a volta ao passado, ou seja, a volta a arquitetura antiga. Por isso, ele adota a arte greco-romana como modelo de equilíbrio, proporção, clareza e fonte de inspiração.
          Nesta fase, a arquitetura não deve mais refletir as ambiciosas fantasias dos soberanos, e sim responder a necessidades, habilidades, virtuosismo individual, mas um instrumento racional que a sociedade constrói para suas necessidades e que deve servir a ela.
          A pressão dos problemas suscitados pelas rápidas transformações de situação social, política, econômica, bem como pelo impetuoso crescimento da tecnologia industrial, sem dúvida contribuiu para a identificação do ideal estético com o do grego-romano.
          Procurar a dar ordem à vida prática e, portanto, à cidade como local e instrumento da vida social leva à invenção de novos tipos de edifícios, como de escolas, hospitais, cemitérios, mercados, alfândegas, portos, quartéis, pontes, ruas, praças etc.).
         A arquitetura neoclássica tem um caráter fortemente tipológico, em que as formas atendem a uma função e uma especialidade racionalmente calculadas.
         A cidade se torna instrumento pelo qual uma sociedade realize e expresse seu ideal de progresso, deve ter um asseio e um aspecto racionais. A técnica dos arquitetos e engenheiros deve estar a serviço da coletividade para realizar grandes obras públicas.
     
N.B: A fase neoclássica é uma fase que manifesta uma vontade de reforma e adequação racional às exigências de uma sociedade em transformação.

               Principais características do neoclassicismo
- Formalismo e racionalismo,
- Exatidão nos contornos,
- Harmonia do colorido,
- Retorno ao estilo greco-romano,
- Academicismo e técnicas apuradas (pois nessa fase, a arte para de se transmitir do pai ao filho, para se aprender nas academias e nas escolas técnicas),


              Algumas características do movimento artístico na arquitetura

- Uso de materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras)
- processos técnicos avançados,
- sistemas construtivos simples,
- esquemas mais complexos, a par das linhas ortogonais,
- formas regulares, geométricas e simétricas,
- volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos,
- uso de abóbada de berço ou de aresta,
- uso de cúpulas, com frequência marcadas pela monumentalidade,
- espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais de grande racionalidade,
- pórticos colunados,
- entablamentos direitos, frontões triangulares.

             Artes neoclássicas

Alguns pintores:


1)
 Jacques-Louis David (1748-1825)
                                           
                                     
Algumas de suas obras são:

A morte de Marat

A morte de Sócrates


Napoleão atravessando a passagens de São Bernardo


Napoleão em seu escritório


 Juramento dos Horácios


 Marte desarmado por Vênus e as três graças



2)

Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867)


Algumas de suas obras:

A morte de Leonardo da Vinci

A fonte

Apoteose de Homero

Joana D' Arc na coroação do rei Carlos VII

Banho turco


Escultor


Antonio Canova (1757-1822)
Características:
- Apresentação do corpo inteiro, bustos e relevos,
- Glorificação de pessoas colocando-as em posições dos deuses grego-romanos,
- Representação de corpos nus ou semi-nus,
- Representação de formas reais, com pouca expressão,
- Uso de mármore branco, que, para ele, significava ou ressaltava a pureza e a limpeza.

Algumas de suas obras:

Psiché reanimada pelo beijo do amor

Bailarina com dedo no queixo

Napoleão Bonaparte (de bronze)

Cenotáfio de Maria Christina

O movimento neoclássico chegou ao Brasil pelo pintor Jean-Baptiste Debret que, fundou no Rio de Janeiro uma academia de artes e ofícios, futura Academia Imperial de Belas Artes.


Algumas obras arquitetônicas no neoclassicismo:

Igreja de São Francisco de Paola (Nápoles, Itália)

Porta de Brandeburgo (Alemanha)

Igreja de Madeleine (França)

Arco de Paz (Milano, Itália)

Museu de British (Inglaterra)


Bibliografias:
- Anotações em sala de aula,
- Wikipédia e outros.











quinta-feira, 19 de julho de 2012

Claude Nicolas Ledoux

Claude Nicolas Ledoux (1736-1806)

           Ledoux estudou a arquitetura na orientação de Jacques François Blondel. Ledoux usou seus conhecimentos para projetar casas e cidades em um urbanismo fora do vulgar. Ele se tornou membro da "Académie Royale d' architecture" e, por consequente um dos arquitetos do rei Luis XV da França.
          Em 1773, Ledoux é encarregado de estudar a disposição das instalações e serviços salinas da cidade de Chaux. Isso foi a primeira cidade projetada por Ledoux com um conjunto de unidades típicas, classificadas uma a uma com significado e função dentro de um ciclo de trabalho (mercado municipal, cemitério, fábrica de artilharia, igreja, banhos públicos, etc.).
         A forma semicircular da salina foi inspirada nos benefícios do sol e a disposição dos diversos edifícios separados entre si servia para evitar os incêndios e, além disso, servia também para criar um bom ambiente para os trabalhadores. Disse-ele: "um bom ambiente faz um bom humano".
         Essa fábrica continha:
- O edifício do diretor, cuja posição facilitava a boa fiscalização do funcionamento da fábrica, sem precisa de deslocamento desse último,
- dois edifícios de produção de sal,
- casas dos operários,
- uma fábrica de barris,
- uma fábrica de utensílios e ferramentas metálicas,
- uma prisão (para os trabalhadores que não respeitavam as Leis da fábrica salina),
- os serviços administrativos,
- uma esquadra,
- uma padaria
em geral, essa fábrica tinha todos os serviços e infraestruturais semelhantes com os de uma cidade perfeita nessa época.
           As paredes com motivos decorativos representavam a solidificação do sal.
         
           Na outra segunda metade da fábrica salina, Ledoux construiu escolas e hospitais tornando a cidade com a forma de um grande circulo no centro da floresta.
           O centro da floresta foi um ótimo lugar pela implantação dessa fábrica, pois de lá, se podia ter facilmente acesso a lenha.

           Tanto Ledoux como Boullée projetaram edifícios em forma de esfera, pois para eles, a esfera era definida como forma típica da razão e de sua centralidade em relação ao universo infinito.
           Para ambos os arquitetos, a arquitetura era mais definida como "objetos de edificação" e não como "representação perspectivada e cenográfica do espaço".

                   Algumas de suas obras


1ª parte da fábrica salina

Casa dos guardas Campestres

Fábrica salina completa

Cenotáfio da cidade de Chaux

       
                        Bibliografias:
- Anotações em sala de aula
- Livro sobre a Arte Moderna (Argan)






Etienne-Louis Boullée


                                                      Etienne-Louis Boullée (1728-1799)
           Boullée era filho de um grande geometro, Louis-Claude Boullée, e, queria se tornar pintor, mas devido ao seu pai, se orientou para a arquitetura, onde se torna aluno de Jacques François, Germain e Jean-Laurent, para aprender a arquitetura clássica francesa.
           Ele foi nomeado na "Académie Royal d' architecture" e, se tornou o arquiteto de Fréderic II de Prussa, título honorário mas de grande prestígio. Projetou várias residências particulares, entre as quais podemos ressaltar o Hotel de Brunoy em Paris.
          Junto com Claude Nicolas Ledoux, ele foi um dos mais influentes arquitetos do Neoclássico na França.
         Boullée removia toda ornamentação desnecessária, aumentando as formas geométricas para uma escala imensa e repetindo elementos como colunas de forma colossal. Ele promoveu o conceito de fazer a arquitetura expressar seus propósitos, o que levou seus detratores a chamá-lo de "architecture parlante/arquitetura falante". Essa fato de a arquitetura expressar seus propósitos se tornou um dos elementos essenciais da arquitetura de Belas Artes no século XIX.
     
       Algumas obras de Boullée
- O cenotáfio para Isaac Newton, com forma de uma esfera, de 150 m de diâmetro e, firmemente incrustada em uma base circular ornada com Ciprestes (árvores ornamentais),
- Ópera de Paris (ressalto do Panteon de Roma),
- "Biblioteque Royale" Biblioteca real.

Hotel de Brunoy

Ópera de Paris

Biblioteca Real

Cenotáfio de Isaac Newton 

                     Bibliografia:
- Anotações em sala de aula,
- Livro sobre a Arte Moderna (Argan).







A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

                                         A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

            Século XVIII, início da revolução industrial na Inglaterra com a mecanização dos sistemas de produção.
- A máquina substitui o homem, gerando assim milhares de desempregados, por outro, baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
- Invenção de máquinas a vapor (locomotivas e trens) para transporte de mercadorias e de pessoas em um tempo mais curto e com custos mais baixos. O motor a vapor foi inventado pelo inglês James Watt.
          Os movimentos que surgem durante essa revolução são:
. O ludismo que foi uma revolução contra a maquinofatura (quebradores de máquinas).
. O cartismo, que conquistou diversos direitos políticos para os trabalhadores, como: -a redução do tempo de trabalho, -a melhoria das condições de trabalho, etc.

N.B: Antes da revolução industrial, a produção era artesanal e manual (uso da manufatura) e o artesão tinha controle do processo produtivo, da obtenção da matéria-prima, do produto final e do lucro. Mas durante a revolução, as máquinas substituem a mão de obra humana, de onde se começa a trabalhar por um patrão, perdendo o controle do processo produtivo. Essa perda de controle do processo produtivo é devido ao fato de que um objeto era produzido por várias pessoas, sendo que, cada uma tinha que fazer montar uma parte desse objeto (tipo as fábricas de automóveis que temos hoje em dia).

                   Consequências da revolução industrial na sociedade
- Aumento da poluição ambiental,
- Aumento da poluição sonora,
- Êxodo rural,
- Crescimento desordenado das cidades,
- Aumento da taxa de desemprego (devido à substituição da manufatura pela maquinofatura).
          Com a lei de cercamento de terras (ocupação de terras rurais para criação de ovelhas que favoreciam a produção de lã, produto que era vendido para a indústria de tecido que, na época, estava tendo um grande desempenho) os trabalhadores rurais eram expulsos de suas terras, ou seja, os camponeses que não podiam concorrer com os grandes criadores de ovelhas, vendiam suas ovelhas para esses criadores e, deixavam os campos e iam para a cidade à procura das melhores condição de vida. Uma vez na cidade, sem terem onde viver e nem o que comer, esses camponeses se tornavam uma mão de obra barata para as fábricas.

                      Impacto da revolução industrial na arquitetura
Durante esta revolução, os arquitetos e engenheiros buscam por melhoria de transportes, pontes e canais, edifícios públicos, onde estes deviam ser mais fortes, resistentes e não combustíveis. Por isso, os edifícios para exposições universais ganham destaque pelo uso de :
- Ferro fundido e vidro (facilitando a iluminação natural dentro das edificações),
- Colunas de ferro fundido,
- Vigas de duplo "T" que veem para substituir as estruturas de madeiras,
- Ferro fundido com grande decoração.

             Alguns exemplos: o Palácio de Cristal e a Torre Eiffel.


Vista interna do Palácio de Cristal

Vista externa do Palácio de Cristal

Torre Eiffel


                    Bibliografias:
- Anotações em sala de aula,
- Livro sobre a Era das Revoluções (E. Hobsbawm).